15 fevereiro, 2008
Sozinha no mundo
O que é que se diz quando não há mais nada para dizer? O que é que se faz quando não há nada para fazer? Quando o tempo se arrasta e tudo o que vai ficando para trás se mistura como se fosse puré de batata: qualquer coisa mole e homogénea. Sem significado e pouco consistente. Os dias sucedem-se sem nada de novo, sem surpresa nem sobressaltos e quando damos por nós já se passaram meses (anos?) e não vivemos. Fomos vivendo. Um dia atrás do outro, num encadeamento sem fim. E depois, quando nos apercebemos o que (não) se está a passar e queremos fazer qualquer coisa, o corpo não responde, reclama, acomoda-se. Vivo nesta luta entre o que faço e o que quero fazer, o que tenho e o quero ter, o que sou e o que quero ser. Mas lutar custa e cansa e hoje estou naqueles dias em que só me apetece baixar os braços, fazer sem pensar nas consequências, sem me chatear, sem me preocupar, como se vivesse sozinha no mundo. Porque há dias que é mesmo assim que me sinto - sozinha no mundo.
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1 comentário:
Ó nhá'miga, sozinha o catano! Perdão... o cacete!
Sim, compreendo o que sentes (isto foi tão bonito agora), e é por isso mesmo que até já deixei de fazer aquelas listas de coisas para mudar/fazer no ano novo, não vale a pena, nunca as cumpro.
Às vezes (muitas vezes) olho para trás e tenho a certeza que poderia ter feito muito mais do que o que fiz até agora. Vou sempre pensado que ainda sou nova, tenho tempo. E até tenho, mas.. com isto tudo custa-me perceber se realmente vivo ou se me limito a sobreviver. *
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