19 dezembro, 2007

Cabelos pantene

Não, não venho aqui falar de Natal. Disso já toda a gente fala. Venho aqui só para agradecer a todas as pessoas que hoje andam com o cabelo no ar, todo eriçado e peganhento. Obrigado, é bom saber que não sou a única. A todas as pessoas que, sem eu saber muito bem como, andam com o cabelo impecável, liso e sedoso, apesar da chuva torrencial e do vento ciclónico que está hoje, pah olhem, só espero que por cada poça de água que passem, passe também um camião que vos dê banho. E espero que isto aconteça vezes suficientes até ficarem com o cabelo (e a roupa) peganhentos, tal como todos os comuns mortais.
Já que estou a falar de chuva, gostava de fazer um alerta para uma situação preocupante: cerca de 98% dos cantoneiros (vulgo, "assentadores de calçada") têm problemas com o álcool. E pior!! Trabalham extremamente alcoolizados e depois deixam os passeios nesta linda merda que se vê, onde é virtualmente impossivel andar sem parecer um pinguim saltitão ou com os pés por dentro de autênticas piscinas... Preocupante não?

05 dezembro, 2007

Nevoeiro

Outro dia de nevoeiro... Mas que raio de tempo, parece que estamos em Londres! Nos dias em que tá sol, mesmo que esteja frio a imagem do sol no céu sempre aquece, mais que não seja o espírito. Hoje não há nada que aqueça, nem o corpo nem o espírito.

03 dezembro, 2007

Friends will be friends

Há amigos para todas as ocasiões: quando rimos, quando choramos, quando não temos mais ninguém, quando precisamos de alguma coisa. Ou pelo menos era isso que eu costumava pensar. Agora tenho vindo a pensar nestas coisas e apercebi-me que só uns é que são amigos, os outros só estão disfarçados, ou porque nos convém ou porque lhes convém. Agora amigos é que não são. Porque no meu modo de ver as coisas, amigos são aqueles com quem sempre podemos contar, embora a maioria das pessoas não saiba muito bem o que isso quer dizer. Acho que, no fundo, todos temos um grande problema em admitir que nem todas as pessoas que conhecemos são nossas amigas e nós não somos amigos de todas as pessoas que conhecemos. É um facto universal e, no entanto, toda a agente anda por aí a fingir que está rodeada de amigos quando, na verdade, isso não acontece. Há algum problema em ter pessoas com quem até gostamos de sair quando não temos mais nada para fazer mas a quem nunca fariamos confissões? É mau haver pessoas para quem jamais teriamos paciência para aturar choradeiras sem fim? Não podemos ser amigos de toda a gente!
Tenho pensado nestas coisas porque um dia destes falei com um utente que me disse "Amigos? Amigos só tinha quando tinha dinheiro na carteira. Sem dinheiro não há amigos". Isto quer dizer que este homem nunca teve amigos ou que ele teve o mesmo tipo de amigos que todos nós temos? Se eu agora tivesse um azar daqueles que não lembra nem ao menino Jesus quem, das pessoas que eu conheço, é que me ia estender a mão? Será que também me ia aperceber que afinal só se tem amigos quando se tem dinheiro? E nem é preciso muito, mas se formos a ver o dinheiro desempenha um papel muito importante na nossa vida: sem dinheiro não há casa, tinhamos que ficar em casa de alguém, e viver à conta dessa pessoa. E depois, para beber um cafezinho é preciso dinheiro, para andarmos de um lado para o outro é preciso dinheiro (seja para o autocarro ou para a gasolina). Quase tudo o que se faz requer dinheiro. Enfim, isto deprime-me...