Vamos lá impingir um bocadinho de poesia…

Fernando Pessoa por Almada Negreiros

Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.

Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.

És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.

Fernando Pessoa

Mais um aviso

Sei que a maioria de nós está de férias da Páscoa, mas os meus colaboradores podiam dar aqui um saltinho de vez em quando não? Faz parte da minha rotina matinal passar por aqui ver o que há de novo e há já uns dias que não há nada de novo. Nem comentários, nem posts, nada. Assim não dá! Assim fico com pelo menos 10 minutos a mais todas as manhãs, e isso estraga o meu bom humor! Não pode ser. Além disso fico muito mais inspirada quando leio posts novos, por isso a vossa falta de productividade está a prejudicar a minha productividade também. Agradecia que voltassem ao activo, até porque isto a três (ou a dois e meio...) funciona muito melhor do que só com um...

O desespero

Bolos, com recheio, com cobertura, chantili, biscoitos, chocolates, bolachas com cobertura de chocolate, baba de camelo, mousse de chocolate, farófias, salame, pudim flan, semi-frio, gelado, gelatina, tortas, geleias, caramelos, rebuçados, gomas... QUALQUER COISA!

I Can See Clearly Now

I can see clearly now, the rain is gone,
I can see all obstacles in my way
Gone are the dark clouds that had me blind
It’s gonna be a bright (bright), bright (bright)
Sun-Shiny day.
It's gonna be a bright (bright), bright (bright)
Sun-Shiny day.

I think I can make it now, the pain is gone
All of the bad feelings have disappeared
Here is the rainbow I’ve been prayin’ for
It’s gonna be a bright (bright), bright (bright)
Sun-Shiny day.

Look all around, there’s nothin’ but blue skies
Look straight ahead, nothin’ but blue skies

I can see clearly now, the rain is gone,
I can see all obstacles in my way
Gone are the dark clouds that had me blind
It’s gonna be a bright (bright), bright (bright)
Sun-Shiny day.

It's gona be a bright (bright) bright (bright)
Sun-Shiny day
Oh what a bright (bright) bright (bright)

Hum.... esta música tras-me paz... muita paz... =)

Abaixo-assinado

Vou iniciar um baixo-assinado para pedir que seja votada e aprovada na Assembleia uma lei que permita a colocação de um lança granadas no tejadilho dos carros. Quem está comigo?

Operação Páscoa

Agora que estamos todos com o bucho cheiro de chocolote e, portanto, mais doces, venho aqui indignar-me com a situação do trânsito em Portugal. Então as pessoas passam as semanas inteiras no trânsito de e para Lisboa, no fim de semana metem-se no trânsito de e para a margem sul - se estiver sol - ou de e para os centros comerciais - se estiver a chuver - e nem mesmo nestas mini férias se querem escapar a esta merda. 30 Km de fila na A2?! Então mas esta gente não tem amor à vida?! Não têm formas melhores de passar o tempo sem ser enfiados dentro do carro? Eu acho que estar dentro do carro é confortável: mete-se um cedezinho (original que é por causa das coisas) abre-se a janela, fuma-se um cigarrinho. Mas com o carro parado! Não é numa fila e muito menos com os putos aos berros no banco de trás!! Ainda por cima estando habilitado a não chegar a casa por causa de um estupor qualquer que quer chegar antes dos outros todos, e toca de ultrapassar a torto e a direito (mas especialmente a torto...)Enfim, acho que há gostos para tudo...

Outra coisa que me irrita (e ainda há espaço para mais indignação) são os resultados das operações de trânsito. Quer dizer, a leitura que se faz dos resultados. Aperece logo nas noticias "houve menos um morto" ena... mas houve muitos mais acidentes. O facto de ter havido menos um enjeitado a morrer pode-se dever simplesmente à prontidão da ambulância! Os aumentos ou diminuições que há de ano para ano são fruto do acaso, nada têm que ver com o aumento da responsabilidade e cuidado dos condutores...

Gracinhas

Também tenho anedotas!!

Um homem entra numa pizaria com duas mulheres para almoçar. O empregado vem e pergunta "são familiares?", referindo-se às pizas, ao que o homem responde "não, são putas e tão cheias de fome!"

Vai um casal homessexual num avião, e um deles vira-se e diz "vamos-nos papar?" e o outro diz que não, que as pessoas vão ouvir. O outro diz "ninguém ouve queres ver?" e pede um cigarro em voz alta. Ninguém lhe responde. Já no final do voo, a hospedeira vem a passar por um velhinho que está a tremer de frio e pergunta porque é que ele não pediu um cobertor, ao que o senhor responde "então aquele pediu um cigarro e teve a noite toda a levar com ele e eu ia lá agora pedir um cobertor não?!"

Permitoíbido Fumar

Desanimação? Desanimado tá o tempo pá! Se bem que descobri outra coisa boa na chuva. Quando está a chover, cerca de 80% dos sítios onde é proibido fumar, deixa de o ser. Dou já o exemplo mais flagrante: os bares. Sim senhor, é um bar de não fumadores, mas ao lado há um de fumadores, e está a chover. Ora, o pessoal não quer ir fumar para a rua, então com medo que os clientes vão ao bar de fumadores, passa a ser permitido fumar. Além disto, o pessoal também desrespeita mais, porque acha que tem uma desculpa... seja, estou no lti, é proibido fumar, mas acabei de beber café e estou a fumar um cigarro (estou a pôr a cinza e as beatas num copo de plástico, mas não me importo) e se me vierem chagar que não posso fumar digo que não vou fumar para a chuva! Construam um telheiro à porta!!! Além disso há aqui mais pessoal a fumar... monkey see, monkey does [...] (e sim , permitoíbido é uma palavra nova)

Bora? Bora!

Epá, a happywhale tem razão, isto anda tudo muito murcho por aqui!

Não me tenho lembrado assim de nada para escrever (e nem tenho tido sonhos dignos de serem documentados).
Mas digo-vos... O que me apetecia mesmo era ir de férias para um país tropical… Sol, calor, águas mornas e limpinhas (bem boas para os tubaralhos mas não faz mal!). Vocês sabem que eu nem sou muito de praia mas sei lá… Apetecia-me.


E enquanto eu sonho que estou esparramada ao soleil, deixo aqui uma piadola só naquela (não é grande coisa mas foi a mais recente que ouvi):

REGRAS DE UM RELACIONAMENTO EQUILIBRADO
Um casal recém-casado vai viver na sua nova casa.
O homem diz: - Se queres viver comigo, as minhas regras são:
1) Segundas e terças-feiras à noite vou beber café com os amigos;
2) Quartas-feiras à noite vou ao cinema com o pessoal;
3) Quintas e sextas à noite, cerveja com os colegas;
4) Sábados, pescaria com o pessoal, retornando domingo de manhã;
5) E aos domingos deito-me cedo para descansar. Se queres... Queres... Se não queres...Azar!
Então a mulher responde: - Para mim só existe uma regra: Aqui em casa hásexo todas as noites. Quem está, está... Quem não está... AZAR!!!

Abre a pestana

Parece que estamos todos num período menos productivo não? Eu também não tenho tido umas ideias lá muito brilhantes para por aqui, mas enfim. Vim só cá dar um saltinho para ver como estão as coisas. A nossa querida colaboradora mamalhadas nunca mais cá pos os pezinhos e ela ainda animava isto com os seus sonhos porno e essas coisas do género.... Por isso vejam lá se acordam para a vida que isto assim não rende nada e é uma chatice. Tenho dito.

Certo dia, o ministro português das obras públicas convidou o seu homólogo angolano para uma visita a Portugal. Chegado cá o ministro angolano, o ministro português foi-lhe fazer uma visita guiada do nosso país, e dizia-lhe, "Tás a ver aquela auto-estrada? 10% aqui para o bolso. Tás a ver aquela via rápida e aquela linha do comboio? 10% aqui para o bolso." E por aí fora. o ministro angolano ficou estupefacto e uns meses mais tarde convidou o ministro português para ir a Angola. Chegado lá, o ministro angolano vira-se para o português e diz: "Vês aquela auto-estrada? Vês a estação do comboio, a via rápida, o aeroporto, e os edifícios?" O português, sem perceber, responde que não, que não vê nada! E diz o angolano: "Pois, 100% aqui para o bolso." :)

Memories

Bem nunca pensei que a minha frase do "podemos não ser o pipi de ninguem mas somos a pila de muita gente" tivesse tanto sucesso. É bom saber que também tenho os meus momentos. Relativamente aos tunos, deixo aqui um ensinamento muito valioso que alguém me transmitiu há uns anos "não é por estar de dieta que não posso ver o menu" E prontos, palavras para quê, é um artista português... Além disso os tunos são giros mas é para ver ao longe, era o que mais me faltava era ter um gajo que me trocava por meia duzia de cervejas... Por fim, e em relação à história das meias: Filipa, essas meias também vão ficar para sempre gravadas na minha memória, assim como o pontapé na Lola, o comboio, o Cana Verde, a ti Zilda e o trabalho anual, a Vera e o putedo, os coelhos e essas coisas todas que fazem parte do nosso passado...

23 aninhos

Pois é, aqui me encontro eu com 23 anos. Uma jovem. Sinto-me como se tivesse feito 18 anos. Não sei o que me espera daqui para a frente. Bem, para sermos verdadeiros temos que admitir que nunca sabemos o que nos espera, mas há alturas da vida em que esse sentimento se acentua. O que é facto é que me encontro numa altura da minha vida em que não sei muito bem o que fazer. Parece que tive estes cinco anos em velocidade de cruzeiro e agora espera-se (embora não saiba muito bem quem é que espera nem o quê) que eu cresca e assuma uma serie de responsabilidades, assim do pé para a mão. Se calhar são só coisas da minha cabeça. Quem me conhece sabe que eu jogo sempre muito à frente. Vamos ver como corre.

Para a Happywhale ! :)

O Centésimo

Já que fui eu que escrevi o primeiro post do blog, e já que sou eu que escrevo com mais frequência. Aliás, posso mesmo dizer que se não fosse a minha persistência esta merda já não existia. A gravidade disso deixo ao vosso critério (cof..) Adiante, como eu estava a dizer, já que sou responsável por grande parte do estrondoso sucesso desta coisa, acho que tenho o direito de escrever o 100º post. É verdade, este é o nosso centésimo post. Já se passaram muitas coisas, muitos textos, muitas reflexões, muitos pensamentos (uns mais parvos que outros), e neste espírito nostálgico fui ler o blog todo (credo, ando mesmo ocupada...) e descobri que até temos mantido um espírito engraçado. Consegui soltar algumas gargalhadas com alguns posts. Agora o nosso desafio é continuar. Podemos não ser o pipi de ninguém mas somos a pila de muita gente, e isso também conta...

Agora pensando noutras coisas. Estes ultimos cinco anos de faculdade foram dos mais bonitos da minha vida. E neste 5º e ultimo ano tenho deixado morrer o meu espirito académico. Alguém quer ir comigo à procura dele? ONDE ESTÃO OS TUNOS?! MUAHAHAHAHAH

Há pessoas que estão perto mas longe e outras que estão longe mas perto. O físico e o psicológico (ou emocional) nem sempre - ou quase nunca - estão em sintonia. Aqui há uns dias tive um momento de insight e apercebi-me que muitas vezes acabamos (ou pelo menos isso acontece comigo) por fazer coisas que não queremos simplesmente para não nos chatearmos com outras pessoas. Parece que hoje em dia cai um bocado mal ter vontade própria. É quase um impropério. Nunca é o que nós queremos. É sempre o que nós queremos mais o que os outros querem de nós. E tal como acontece com o espaço físico e o psicológico, estes "quereres" quase nunca estão em sintonia. Há poucas coisas que odeio verdadeiramente, mas a sensação de ser esticada entre vários "quereres" é qualquer coisa que me cansa, que me tira muita força. Não posso ir para todo o lado ao mesmo tempo então acabo por não ir para lado nenhum. Apetece-me ficar em casa, metida na cama. E esta é uma vontade que me acompanha, de forma mais ou menos recorrente, há já uns tempos. Não a consigo sacudir (e bem que tenho tentado)...

Pá... oi

Bem, passou a passagem de ano, e o carnaval, e os exames, e as férias, e agora de volta às aulas, lembrei-me de vir aqui e está cheio de posts! Que vidas tão ocupadas que temos (irónico)...

Independência

Quando é que somos crescidos? Onde é que está a linha que separa a adolescência da adultícia? Quando é que podemos olhar para nós mesmos e pensar "já sou crescido"? Hoje em dia parece que a independência é algo que leva anos a conquistar. Demora tanto tempo que até nos esquecemos que é para isso que lutamos. Antigamente é que era: a malta começava a a trabalhar, casava, saía de casa dos pais, tinha filhos. Agora estas prioridades estão todas trocadas e já ninguém se entende. Até podemos trabalhar, mas pode levar anos até podermos sair de casa dos pais, e quando essa altura (finalmente) chega já estamos demasiado habituadas à boa vida para querermos casar. Ou sequer para nos habituarmos a viver com alguém. Parece que já não sabemos fazer sacrifícios. Tem que ser tudo fácil, já e sem muita confusão. Se não mudamos de esquema. Onde está a sensação de conquista que é ter o primeiro apartamento? Mesmo que a sala seja sala/escritório/quarto, que o jantar seja feito de pé no balcão da cozinha e a casa de banho tenha pouco mais que um metro quadrado. É a NOSSA casa. Pagamos com o nosso ordenado miseravel, mas pagamos! Onde está o orgulho em pagar as contas todos os meses, mesmo que para isso tenhamos que andar em casa de luz apagada (numa casa tão pequena torna-se fácil conhecer os cantos, não tem nada que saber) e fechar a torneira enquanto pomos champô no cabelo? Essas são, para mim, as conquistas que separam os fortes dos fracos, os independentes dos semi-independentes. O que importa se moramos ali no Martim Moniz, com uma data de drogados à porta, se eles até nem nos fazem mal. O que importa se os nossos amigos têm que se amontoar em sacos-cama na sala quando lá vão dormir, se de qualquer maneira ficamos na conversa a noite toda e pouco se dorme. A juventude já não gosta de acampar, de andar de comboio de mochila às costas, de comer enlatados durante 15 dias e guardar o dinheiro para coisas mais importantes. A malta quer é hotel, com room service, avião e restaurantes com menus de degustação. Cambada de pandeleiros... Acho que esta experiência de viver com pouco, de aprender a viver com pouco, é das etapas mais importantes da nossa vida. Até porque da forma como o país está é, cada vez mais, uma aprendizagem para a vida...

Putas ao poder

Finalmente tenho comentários aos posts que deixo aqui! Isto de escrever, escrever, escrever e ninguém me dizer nada tava-se a tornar um bocado chato... Assim sim!

Cada vez mais me convenço que nos estágios se aprende muito amis do que ser psicólogo. Como eu sou a favor da partilha de conhecimentos vou-vos deixar aqui um pedacinho de sabedoria à portuguesa: "Putas ao poder que já vimos que com os filhos não vamos a lado nenhum!" Oram digam lá, inspira ou não inspira um grande dia de trabalho?