30 maio, 2008

Tudo e mais nada (ou será tudo e mais alguma coisa?)

Andava eu aqui a ver as vistas e vejo que vocês é só posts com raiva! Isso é que é tar chateada com a ponte (e com o mundo em geral), e isso é que é tar chateada com o acordo ortográfico (e infezada em geral). Aproveito também para postar que fico muito chateado quando leio um post a dizer "que aborrecimento eu chegar aqui na segunda e ninguém postou no fim de semana"!!! Oh sinceramente! Tu também não postaste! Porque é que não postas no fim de semana? Essa mania que só postas nas horas do expediente.. tss tss. Além disso, no fim de semana tou a trabalhar, para onde vou já daqui a bocado, e até de manhã. Vamos a ver mas é se resolvem os vossos conflitos internos! :f Onde é que estão aqueles posts para eu chegar aqui e ficar bem disposto? Sim, porque gira tudo à minha volta, mas isso já sabem. A próxima vez quero ver um post simpático!
Antes de ir embora aproveito para vos deixar um convite para a concentração motard em Sesimbra. Tenho convites de sobra e só vou usar dois, por isso vendo a 5 euros cada um.

27 maio, 2008

Manifesto em defesa da língua portuguesa...

... CONTRA o Acordo Ortográfico.

Ex.mo Senhor Presidente da República Portuguesa
Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia da República Portuguesa
Ex.mo Senhor Primeiro-Ministro de Portugal

1 – O uso oral e escrito da língua portuguesa degradou-se a um ponto de aviltamento inaceitável, porque fere irremediavelmente a nossa identidade multissecular e o riquíssimo legado civilizacional e histórico que recebemos e nos cumpre transmitir aos vindouros. Por culpa dos que a falam e escrevem, em particular os meios de comunicação social; mas ao Estado incumbem as maiores responsabilidades porque desagregou o sistema educacional, hoje sem qualidade, nomeadamente impondo programas da disciplina de Português nos graus básico e secundário sem valor científico nem pedagógico e desprezando o valor da História.Se queremos um Portugal condigno no difícil mundo de hoje, impõe-se que para o seu desenvolvimento sob todos os aspectos se ponha termo a esta situação com a maior urgência e lucidez.

2 – A agravar esta situação, sob o falso pretexto pedagógico de que a simplificação e uniformização linguística favoreceriam o combate ao analfabetismo (o que é historicamente errado), e estreitariam os laços culturais (nada o demonstra), lançou-se o chamado Acordo Ortográfico, pretendendo impor uma reforma da maneira de escrever mal concebida, desconchavada, sem critério de rigor, e nas suas prescrições atentatória da essência da língua e do nosso modelo de cultura. Reforma não só desnecessária mas perniciosa e de custos financeiros não calculados. Quando o que se impunha era recompor essa herança e enriquecê-la, atendendo ao princípio da diversidade, um dos vectores da União Europeia.Lamenta-se que as entidades que assim se arrogam autoridade para manipular a língua (sem que para tal gozem de legitimidade ou tenham competência) não tenham ponderado cuidadosamente os pareceres científicos e técnicos, como, por exemplo, o do Prof. Óscar Lopes, e avancem atabalhoadamente sem consultar escritores, cientistas, historiadores e organizações de criação cultural e investigação científica. Não há uma instituição única que possa substituir-se a toda esta comunidade, e só ampla discussão pública poderia justificar a aprovação de orientações a sugerir aos povos de língua portuguesa.

3 – O Ministério da Educação, porque organiza os diferentes graus de ensino, adopta programas das matérias, forma os professores, não pode limitar-se a aceitar injunções sem legitimidade, baseadas em “acordos” mais do que contestáveis. Tem de assumir uma posição clara de respeito pelas correntes de pensamento que representam a continuidade de um património de tanto valor e para ele contribuam com o progresso da língua dentro dos padrões da lógica, da instrumentalidade e do bom gosto. Sem delongas deve repor o estudo da literatura portuguesa na sua dignidade formativa.O Ministério da Cultura pode facilitar os encontros de escritores, linguistas, historiadores e outros criadores de cultura, e o trabalho de reflexão crítica e construtiva no sentido da maior eficácia instrumental e do aperfeiçoamento formal.

4 – O texto do chamado Acordo sofre de inúmeras imprecisões, erros e ambiguidades – não tem condições para servir de base a qualquer proposta normativa.É inaceitável a supressão da acentuação, bem como das impropriamente chamadas consoantes “mudas” – muitas das quais se lêem ou têm valor etimológico indispensável à boa compreensão das palavras.Não faz sentido o carácter facultativo que no texto do Acordo se prevê em numerosos casos, gerando-se a confusão.Convém que se estudem regras claras para a integração das palavras de outras línguas dos PALOP, de Timor e de outras zonas do mundo onde se fala o Português, na grafia da língua portuguesa.A transcrição de palavras de outras línguas e a sua eventual adaptação ao português devem fazer-se segundo as normas científicas internacionais (caso do árabe, por exemplo).
Recusamos deixar-nos enredar em jogos de interesses, que nada leva a crer de proveito para a língua portuguesa. Para o desenvolvimento civilizacional por que os nossos povos anseiam é imperativa a formação de ampla base cultural (e não apenas a erradicação do analfabetismo), solidamente assente na herança que nos coube e construída segundo as linhas mestras do pensamento científico e dos valores da cidadania.


Os signatários,

Ana Isabel Buescu
António Emiliano
António Lobo Xavier
Eduardo Lourenço
Helena Buescu
Jorge Morais Barbosa
José Pacheco Pereira
José da Silva Peneda
Laura Bulger
Luís Fagundes Duarte
Maria Alzira Seixo
Mário Cláudio
Miguel Veiga
Paulo Teixeira Pinto
Raul Miguel Rosado Fernandes
Vasco Graça Moura
Vítor Manuel Aguiar e Silva
Vitorino Barbosa de Magalhães Godinho
Zita Seabra

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Aqui fica o site para o caso de quererem assinar a petição (eu já assinei):

http://www.ipetitions.com/petition/manifestolinguaportuguesa/

26 maio, 2008

Gasolina

Não há nada que deteste mais do que chegar aqui na Segunda de manhã e ver que ninguém postou nada durante o fim de semana. Andam todos muitos ocupados é? Mas que coisa!
Falando de outras coisas que me irritam: porque é que a gasolina já aumentou 18 vezes este ano? Este ano?! Às vezes aumentas 2 vezes na mesma semana! Como é? Quem é o responsável por isso? Não me conforta nada que saber que grande parte é imposto e vai pró Estado, conforta-me é saber o que vamos fazer em relação a isso! Borá lá vandalizar os carros dos gajos! Atirar pedras aos gabinetes deles, sei lá qualquer coisa! Agora ficar na mesa do café a dizer que assim ninguém aguenta, e que o Estado é que tem a culpa não resolve nada, mesmo sendo verdade! Queremos é acção que com palavras ninguém lá vai! Além disso, o Estado é toda a gente e, logo, nao é ninguém. E é assim que todos os dias toda a gente nos mete a mão no bolso mas não podemos culpar ninguém...

23 maio, 2008

A Ponte, num dia de ponte...

Já tinhamos vista que a mamalhadas tem alguma continuidade de post para post, quer dizer, os posts dela têm uma imagem de marca. Antes era os desenhos a explicar o post, agora são desenhos a explicar as letras de músicas que ela lá se vai lembrando de por.. Acho que sim pah mamalhadas, continua!
Se ontem foi feriado e amanhã é Sábado, faz com que hoje seja ponte. Pelo menos para alguns. Até não me custou muito vir "trabalhar", acordei com aquela sensação de quem vai apanhar menos trânsito. E, de facto, até entrar em Lisboa, assim foi. O pior é que com este tempinho de merda e com a quantidade de otários que andam na estrada, 6tinha que haver um que se espetou. Logo a seguir ao Aqueduto, no Eixo Norte-Sul, lá estava ele, espetado contra o rail do lado esquerdo. Com a frente toda desfeita, fora do carro a falar ao telemovel. E nós pimba. Literalmente, porque há por aí muita gente de Olhão, que gosta de parar para admirar - com todo o sadismo possivel - a desgraça dos outros. E é assim que, num dia de ponte, quando não era para haver trânsito nenhum, tivemos todos que abrandar, numa parada mórbida de passagem pelo acidente. Que tristeza de gente....

22 maio, 2008

Consideração...


"My problem is you make me melt, and I don't want to be frozen anymore."
Incubus

21 maio, 2008

Amanhã é feriado. O que faz com que hoje seja véspera de feriado. Pois é... Cá estamos...

18 maio, 2008

Blasted!



"Step in the fire of this fatal attraction
The oportunity comes once in a lifetime
Communication through a parallel dimension
Yeah feel the power of the blasted empire!"
Blasted Mechanism

(Ontem no festival académico, ó ó... foi daqui!!!*pontinha da orelha!)

14 maio, 2008

O trânsito

Hoje no trânsito a caminho de Lisboa, vinha um homem atrás de mim numa carrinha Seat. Um homem gordo, daqueles que assim que se olha para ele mete logo nojo, com ar de quem tem a mania que manda e que é gente. Vinha com ar de quem vem sentado numa sanita, badocha mete-nojo, com uma papada enorme a transbordar do colarinho. Tão a ver a ideia. E vinha aquele grande filho da puta, encontado a minha traseira como se quisesse vir na minha mala o resto do caminho, e ainda me tentou ultrapassar pela direita. Tentativa que foi falhada, não só porque a fila do meio estava a andar muito mais devagar, como também não havia espaço para ele se meter à minha frente. Enfim, estava trânsito, ninguém podia andar mais depressa. Mas ele, como gordo omnipotente que é, achou que sim. Mas achou mal. Nem sei como não fui contra o desgraçado que ia à minha frente, tanto foi o tempo que fui a mirar o badocha que ia atrás de mim... Durante este tempo que ia a dizer mal da minha sorte - os engracadinhos vêm sempre atrás de mim - lembrei-me: o que diria o Freud desta gente que gosta de conduzir dentro da mala dos outros? Serão todos paneleiros? Não podem ver uma traseira que se chegam logo? Se calhar é mesmo isso, em caso de travagem brusca não podem perder a oportunidade de enrabar o desgraçado que vai à frente deles... Outra consideração que fiz enquanto observava este especime foi: serão estes gajos felizes? Quando olhava para ele só o conseguia imaginar como pai de dois filhos mimados e insuportáveis, com uma mulher de quem ele já não gosta e com quem está sem saber muito bem porquê, com uma sogra que ele odeia de morte e que o faz sentir-se um incapaz, com uma mãe protectora aos olhos da qual ele é o menino perfeito, que tem sempre razão. Com um emprego me(r)diocre, que não lhe tras satisfação nenhuma e para o qual ele se arrasta todos os dias, irritado por existirem outras pessoas no mundo. Imagino-o a ir para Sesimbra ou para a Costa aos fins-de-semana de sol, e para o Forum nos que está a chuver, com os putos dentro do carro a fazer birra. E ele irritado, todos os dias, com tudo e com todos. Com um ódio calado à vida que leva.
Por isso meus amigos da hora de ponta, quando forem dentro dos vossos carros muito descansados a achar que ninguém está a olhar para vocês, e que até podem tirar macacos do nariz e coleccionar debaixo do banco, pensem duas vezes, porque há mais pessoas como eu, que vos vão a observar e a tentar imaginar como é que são em família, no trabalho, fora daquele trânsito matinal...

09 maio, 2008

Eles, os drogados

Quando a cabeça luta contra o corpo e o corpo contra a cabeça. Quando a cabeça diz que não mas as pernas dizem que sim. Quando eles mesmos dizem que não e que sim ao mesmo tempo. Quando precisam de qualquer coisa que odeiam e que lhes faz mal. Quando já não sabem distinguir o que é certo do que é errado, aliás já nem sabem muito bem que há certos e errados. Quando se perdem deles e dos outros. Quando a solidão os esmaga e o peso de tempo perdido lhes parece o peso do mundo. Quando já não são nada nem ninguém. O que é que lhes acontece?

08 maio, 2008

Competências

Sinto-me competente. Estou a transbordar desta sensação de saber-fazer. E isso deixa-me mais feliz, mais confiante. Mas atenta, porque apesar deste aparente estado maniaco, no fundo sei que não sei muitas coisas. Mas o que sei é bom e já vale qualquer coisa. Atingi um grau de autonomia que nunca imaginei e isso faz-me acreditar que o que vem daqui para a frente só pode ser bom, aliás, melhor do que é agora. O futuro e a falta de certezas que tenho em relação a isso faz-me ficar um pouco ansiosa, mas por outro lado, começo a acreditar que até pode ser que venham coisas boas... Regra geral, posso dizer que sou uma pessoa feliz, já não é mau, pois não?

Make yourself


If I hadn't made me, I'd have fallen apart by now.

I won't let them make me... It's more than I can allow.

So when I make me, I won't be paper-Mache...

And if I fuck me... I'll fuck me in my own way.




Incubus

06 maio, 2008

Lealdade


A lealdade e a inteligência - acho eu - não são divisíveis. Quem é inteligente, é leal. Compensa. Recompensa. Corresponde. É verdade que há pessoas leais que são estúpidas mas, nessa lealdade, há já uma irrefutável inteligência.


Miguel Esteves Cardoso

04 maio, 2008

Silêncio

Já vi que isto tem andado animado, mesmo na minha ausência. Não tenho grandes novidades, considerações, não estou exaltada, triste nem contente com nada. Não se tem passado nada de especial nos meus dias (ou pelo menos nada que eu ache que seja para aqui chamado..) e sinceramente só queria mesmo dizer olá. E sim, também acho que este blog não é para qualquer bico. Posto isto, deixo-vos assim, sem nada para dizer. Porque afinal de contas, às vezes o silêncio diz mais do que mil palavras.

01 maio, 2008

Pitófilia? Somos contra.

C diz: joss stone E tokio hotellll
C diz: essa grande banda
V diz: ok...tokio hotel SAO os mais odiosos
V diz: é que nao pode ser
V diz: arrebentam cmg
V diz: so de aparecer o cabelo
V diz: eu rebento
V diz: dá-se a lise plasmática em mim
(…)
V diz: e o baterista...é irmao gémeo dele
V diz: LOL
C diz: ah pois é!
C diz: n é baterista
C diz: é o guitarrista

V diz: é um mitralhaço desgraçado
C diz: hum.. dava-lhe umas voltas
C diz: gosto de rastassss xD
V diz: sim eu tb
V diz: mantia-lhe as rastas mas dava-lhe uma grande volta
V diz: mas que pitófilia
V diz: o miudo deve ter quê? 17 anos?
C diz: LOL
C diz: yah praí

V diz: tem calma mulhé
C diz: realmente, q fome
V diz: LOL
V diz: 17 anos nao.
V diz: ainda desvirginas o miudo
V diz: credooooooo
C diz: achas? já deve ter papado poucas aquele..
C diz: LOL
V diz: qualquer um deles
V diz: levam umas para backstage
C diz: epá o outro parece um bocado abichanado
C diz: ainda nao me convenceu

V diz: lol
V diz: mas pa...a questao é...até é giro
V diz: mas metade da altura dele
V diz: é cabelo
C diz: a mim o q me mata mesmo são as unhas
(…)
V diz: e a pulseiraaaaaaaaaaa
V diz: e o irmao é mm mitra
V diz: e o da direita é so feio...prontos.

Meia volta

Pois é, saí agora do trabalho, sim, porque eu trabalho, e sim, trabalho ao feriado, e sim, o dia do trabalhador é um feriado igual aos outros, e vim passar por aqui. Tá animado iste pá! Tamos (tão) é todos um bocado deprimentes ou exaltados... Deviam-se deixar disso. À praia, já foram? Tiveram uns dias bons. Deviam ter aproveitado que fazia-vos bem. Dito isto, beijinhos, beijinhos, abraços e carinhos

PS: o título não tem mesmo nada a ver, não precisam de puxar pela cabeça

Incomodam-me. . .

. . . as pessoas que se acham moralmente perfeitas, inquestionáveis. Incomoda-me o ar de superioridade com que me olham quando, por mero acaso lhes conto (sim porque a essas pessoas não faço questão de contar nada), o meu mais recente objectivo, ou plano, ou whatever. Admito que mudo muitas vezes de ideias, de gostos e que por vezes o que quero ansiosamente fazer não é tão exequível como gostaria. Mas e daí? Nem todos temos que seguir religiosamente o mesmo caminho, há quem precise de fazer alguns desvios para alcançar os seus objectivos. Em que é que isso faz de mim uma pessoa menos responsável, menos consciente? Porque é que para essas pessoas, autenticas Mr.&Mrs. Knows-it-all da vida, é sempre mais fácil soltar um “És doida! Já viste bem no que te vais meter?!” do que um simples “Se é isso que queres então…Força!”?

No que me diz respeito, gosto de pessoas que lutam pelo que querem, mesmo que seja difícil. Que mudam o que acham que não está bem em vez de se ficarem eternamente a lamentar. Afinal nem todos temos a sorte de alcançar sempre os nossos objectivos à primeira tentativa (muito menos se os objectivos mudarem constantemente), fazendo um percurso imaculado. Resta-nos a vontade para alcançá-los à 2ª, ou à 3ª, ou à 10ª tentativa, quiçá?

Não tenho a ousadia de dizer que sou assim, que luto por tudo o que quero, que mudo tudo o que não gosto. Não sou, mas gostava de ser. Apesar disso, gosto de pensar que luto pela maior parte das coisas que quero e que consigo mudar a maior parte das coisas que não gosto, ainda que seja apenas em mim.


Posto isto, para todos esses pseudo-moralistas de merda que eventualmente possam vir a ler este blog (que não vêm porque este blog não é para qualquer bico), a modos que: Up yours!