01 julho, 2008

Tascas vs ASAE

Estamos em Julho! Que giro, o tempo às vezes parece que passa depressa e devagar ao mesmo tempo. Mas hoje não é sobre isso que quero falar (ou escrever...)
Tava muito descansadinha a beber o meu cafezinho matinal (e pronto, a modos que a comer um pastel de nata) quando dei por mim a pensar no bom que é haver tascas em Portugal. Aqueles sítios onde ainda se vendem copos de vinho, uns copos todos baços e riscados com um ar de higiene duvidosa. Onde se comem bifanas fritas de gordura de há 3 meses, mas que sabem memso bem (como nas roulotes...). Onde o empregado cheira a suor e a mulher é gorda e labrega. Labrega, não no sentido mau do termo, mas no sentido provinciano. De preferência com pronúncia acentuada e de faces coradas. Mais ou menos a meio destas considerações nostálgicas, apareceu algo que estragou tudo: a asae. A sombra da asae veio assombrar estes sítio históricos, onde se come o bom caracol apanhado no quintal (e portanto sem etiqueta de origem ou prazo de validade), o bom pastel de bacalhau caseiro (idem), os croquetes e demais iguarias que só nestes estabelecimentos se podem comer como deve de ser. Ninguém vai à Brasileira comer um pastel de bacalhau e um copo de 3. Parece que não ia saber ao mesmo. Por isso, unamo-nos povo português contra estes mete-nojo que não sabem o que é bom, e gritemos a favor dos estabelecimentos onde prima a falta de embalagem individual, onde os galheteiros estão meios de azeite e meios de óleo e onde se usa a boa colher de pau! Afinal de contas a nossa civilização cresceu à base destas coisas e não é por isso que somos uma civilização em extinção. Isso é culpa do Governo e dos impostos. E da asae.

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