14 março, 2008

23 aninhos

Pois é, aqui me encontro eu com 23 anos. Uma jovem. Sinto-me como se tivesse feito 18 anos. Não sei o que me espera daqui para a frente. Bem, para sermos verdadeiros temos que admitir que nunca sabemos o que nos espera, mas há alturas da vida em que esse sentimento se acentua. O que é facto é que me encontro numa altura da minha vida em que não sei muito bem o que fazer. Parece que tive estes cinco anos em velocidade de cruzeiro e agora espera-se (embora não saiba muito bem quem é que espera nem o quê) que eu cresca e assuma uma serie de responsabilidades, assim do pé para a mão. Se calhar são só coisas da minha cabeça. Quem me conhece sabe que eu jogo sempre muito à frente. Vamos ver como corre.

08 março, 2008

O Centésimo

Já que fui eu que escrevi o primeiro post do blog, e já que sou eu que escrevo com mais frequência. Aliás, posso mesmo dizer que se não fosse a minha persistência esta merda já não existia. A gravidade disso deixo ao vosso critério (cof..) Adiante, como eu estava a dizer, já que sou responsável por grande parte do estrondoso sucesso desta coisa, acho que tenho o direito de escrever o 100º post. É verdade, este é o nosso centésimo post. Já se passaram muitas coisas, muitos textos, muitas reflexões, muitos pensamentos (uns mais parvos que outros), e neste espírito nostálgico fui ler o blog todo (credo, ando mesmo ocupada...) e descobri que até temos mantido um espírito engraçado. Consegui soltar algumas gargalhadas com alguns posts. Agora o nosso desafio é continuar. Podemos não ser o pipi de ninguém mas somos a pila de muita gente, e isso também conta...

Agora pensando noutras coisas. Estes ultimos cinco anos de faculdade foram dos mais bonitos da minha vida. E neste 5º e ultimo ano tenho deixado morrer o meu espirito académico. Alguém quer ir comigo à procura dele? ONDE ESTÃO OS TUNOS?! MUAHAHAHAHAH

07 março, 2008

Há pessoas que estão perto mas longe e outras que estão longe mas perto. O físico e o psicológico (ou emocional) nem sempre - ou quase nunca - estão em sintonia. Aqui há uns dias tive um momento de insight e apercebi-me que muitas vezes acabamos (ou pelo menos isso acontece comigo) por fazer coisas que não queremos simplesmente para não nos chatearmos com outras pessoas. Parece que hoje em dia cai um bocado mal ter vontade própria. É quase um impropério. Nunca é o que nós queremos. É sempre o que nós queremos mais o que os outros querem de nós. E tal como acontece com o espaço físico e o psicológico, estes "quereres" quase nunca estão em sintonia. Há poucas coisas que odeio verdadeiramente, mas a sensação de ser esticada entre vários "quereres" é qualquer coisa que me cansa, que me tira muita força. Não posso ir para todo o lado ao mesmo tempo então acabo por não ir para lado nenhum. Apetece-me ficar em casa, metida na cama. E esta é uma vontade que me acompanha, de forma mais ou menos recorrente, há já uns tempos. Não a consigo sacudir (e bem que tenho tentado)...

05 março, 2008

Pá... oi

Bem, passou a passagem de ano, e o carnaval, e os exames, e as férias, e agora de volta às aulas, lembrei-me de vir aqui e está cheio de posts! Que vidas tão ocupadas que temos (irónico)...

03 março, 2008

Independência

Quando é que somos crescidos? Onde é que está a linha que separa a adolescência da adultícia? Quando é que podemos olhar para nós mesmos e pensar "já sou crescido"? Hoje em dia parece que a independência é algo que leva anos a conquistar. Demora tanto tempo que até nos esquecemos que é para isso que lutamos. Antigamente é que era: a malta começava a a trabalhar, casava, saía de casa dos pais, tinha filhos. Agora estas prioridades estão todas trocadas e já ninguém se entende. Até podemos trabalhar, mas pode levar anos até podermos sair de casa dos pais, e quando essa altura (finalmente) chega já estamos demasiado habituadas à boa vida para querermos casar. Ou sequer para nos habituarmos a viver com alguém. Parece que já não sabemos fazer sacrifícios. Tem que ser tudo fácil, já e sem muita confusão. Se não mudamos de esquema. Onde está a sensação de conquista que é ter o primeiro apartamento? Mesmo que a sala seja sala/escritório/quarto, que o jantar seja feito de pé no balcão da cozinha e a casa de banho tenha pouco mais que um metro quadrado. É a NOSSA casa. Pagamos com o nosso ordenado miseravel, mas pagamos! Onde está o orgulho em pagar as contas todos os meses, mesmo que para isso tenhamos que andar em casa de luz apagada (numa casa tão pequena torna-se fácil conhecer os cantos, não tem nada que saber) e fechar a torneira enquanto pomos champô no cabelo? Essas são, para mim, as conquistas que separam os fortes dos fracos, os independentes dos semi-independentes. O que importa se moramos ali no Martim Moniz, com uma data de drogados à porta, se eles até nem nos fazem mal. O que importa se os nossos amigos têm que se amontoar em sacos-cama na sala quando lá vão dormir, se de qualquer maneira ficamos na conversa a noite toda e pouco se dorme. A juventude já não gosta de acampar, de andar de comboio de mochila às costas, de comer enlatados durante 15 dias e guardar o dinheiro para coisas mais importantes. A malta quer é hotel, com room service, avião e restaurantes com menus de degustação. Cambada de pandeleiros... Acho que esta experiência de viver com pouco, de aprender a viver com pouco, é das etapas mais importantes da nossa vida. Até porque da forma como o país está é, cada vez mais, uma aprendizagem para a vida...

Putas ao poder

Finalmente tenho comentários aos posts que deixo aqui! Isto de escrever, escrever, escrever e ninguém me dizer nada tava-se a tornar um bocado chato... Assim sim!

Cada vez mais me convenço que nos estágios se aprende muito amis do que ser psicólogo. Como eu sou a favor da partilha de conhecimentos vou-vos deixar aqui um pedacinho de sabedoria à portuguesa: "Putas ao poder que já vimos que com os filhos não vamos a lado nenhum!" Oram digam lá, inspira ou não inspira um grande dia de trabalho?